6 de fevereiro de 2011

O melhor do SPFW

Carpe Diem by Jacqueline - CORI - A proposta foi repensar a construção da roupa. Os paletós têm barras desiguais, a camisa é de lã e a saia plissada. As transparências com tricô também aparecem por aqui e fazem combinações lindas. CORI - A proposta foi repensar a construção da roupa. Os paletós têm barras desiguais, a camisa é de lã e a saia plissada. As transparências com tricô também aparecem por aqui e fazem combinações lindas.
A moda está vivendo um momento de transição. Tudo o que era já não é mais. E o que já foi, volta a ser. Essa é a sensação que tive ao ver os quase 32 desfiles do São Paulo Fashion Week, ao vivo. Pelos corredores da Bienal, os críticos de moda falavam em novos rumos: a sustentabilidade é o caminho. Os estilistas mostraram que desconstruir é a atitude da vez. Não vi na passarela nenhum paletó 100% tradicional. Estica dali, prega um botão onde nunca houve antes, escolhe um tafetá estampado e acinturado nos rapazes.

Todo esse estranhamento despertou uma sensação boa. Daquelas que contrariam os discursos negativos que não há nada de novo. Há sim. Nosso guarda-roupa pode ser renovado. Nossa maneira de ver o mundo Também. Porque a moda está cada vez mais assumindo o papel de arte. E uma das tendências desse mundo é consumir. Então prepare-se para saber o que comprar.

A repórter viajou a convite do São Paulo Fashion Week.


RONALDO FRAGA
O estilista mineiro homenageou o modernismo do traço do artista plástico Athos Bulcão, em estampas e recortes das roupas. Eram imagens tiradas de pinturas, máscaras, gravuras e fotomontagens. Glória Kalil apontou como uma das coleções mais elegantes de Ronaldo. A trilha sonora de músicas brasileiras encantou ainda mais, o ápice do desfile foram as transparências do final, as impressões de planta baixa, os bordados de paetês e costuras que formam florais.

TRITON A socialite Paris Hilton não arrancou tantos gritos como no desfile do verão da grife, quando estreou em passarelas brasileiras. Mas a moça ter atravessado a sala de desfile levou às lagrimas duas adolescentes fãs que assistiam ao desfile. A coleção está mais perto de agradar ao crítico do que ao público alvo da marca. Mas as peças que vão chegar às lojas certamente têm tudo pra fazer sucesso. A Triton fortalece o couro camelo, dos trench coats, e mistura tons neons em tules coloridas. As mangas são bufantes, com lã e pedrarias.


GHETZ
Lucas Nascimento foi convidado para assinar a coleção da grife Ghetz. Famoso pelo seu trabalho com tricôs, provou mais uma vez que tricô não é necessariamente tecido grosso. Costurados à tules ou ao couro, as peças são leves e coloridas. Destaques para os tricôs plissados e pantalonas.

NEON
Toda inspiração para se vestir de mulher fatal estavam na passarela da Neon. A dupla de estilistas Rita Comparato e Dudu Bertholini fez um desfile fora do do comum. De pé numa escadaria as modelos pareciam esculturas em movimento à medida que começavam a caminhar. O batom é vermelho vivo e os olhos com bastante delineador. Vale minissaia, paetês, cara de bonequinha, quimonos e pantalonas.

OSKLEN
Oskar Metsavah voltou ao começo da sua carreira para se reafirmar. A coleção parte do primeiro modelo de moleton criado para a Osklen. Golas altas e cheias, comprimento acima do joelho. A inspiração foi o incêndio que acabou com o acervo da fábrica da Osklen. O fogo virou estampa que mais parece um floral, de tão bonita. Os tecidos que saiam da roupa para envolver o corpo das modelos eram cashmere, chamois, lã, moletom e couro vegetal.

COLCCI
O jeans, que é carro-chefe da marca, foi para segundo plano. Com a ajuda da expectativa de ver o astro de Hollywood, Ashton Kutcher, desfilar, pouco se prestou atenção nas roupas. Mas o clima é folk. Com couro camelo, tachinhas e bordados. O jeans aparece amassado, bordado com pérolas e estampado. 

MARIA BONITA
Se você é daquelas que se emociona ouvindo Chico Buarque, teria suspirado do começo ao fim com o desfile da Maria Bonita. A grife se inspirou nos imigrantes que chegaram a Brasília no começo da construção da cidade e ao som de Construção, de Chico, apresentou o minimalismo das formas em longos e decotados vestidos. Lindo.

LINO VILLAVENTURA
O cearense radicado fez uma homenagem ao criador do SPFW, Paulo Borges. Lino é autor daqueles desfiles impecáveis, crítica nenhuma bota defeito.

E este ano ele chegou à passarela mais próximo da consumidora final. Os vestidos têm a sensualidade que lhe é inerente, sem deixar de lado a riqueza do trabalho manual, nem a surpresa
das formas.(O Povo on line-Paula Lima)

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