Mais celebridades e menos moda na SPFW

Carpe Diem by Jacqueline-SÃO PAULO - A São Paulo Fashion Week provavelmente nunca recebeu tantas celebridades de peso como nesta temporada. Desde que começou, na sexta-feira, já desfilaram nas passarelas a patricinha americana Paris Hilton, para a grife Triton, a transexual Lea T., para Alexandre Herchcovitch, e o trio maravilha composto pelas modelos Gisele Bündchen e Alessandra Ambrósio e o astro americano Ashton Kutcher, ontem, para a Colcci, com direito a Demi Moore na plateia e a cantora Christina Aguilera em um lounge patrocinador do evento.

A semana de moda paulistana está completando 15 anos, aumentando o showbizz e diminuindo a quantidade de... moda: são 32 grifes desfilando nesta temporada de inverno 2011, um número abaixo do costume (geralmente gira em torno de 40, e já chegou a 60). É verdade que celebridades sempre existiram aqui - participaram de outras edições Jesus Luz, quando ele namorava a Madonna, modelos do top de Kate Moss e Agyness Deyn, a atriz Chloé Sevigny, a própria Paris Hilton -, mas nunca tantas de uma vez só. O projeto de Paulo Borges, organizador do evento, para desenvolver a moda brasileira tem prazo de 30 anos. Metade já se foi, e, tomando como exemplo esta edição, o desenvolvimento precisa de muito holofote e papparazzi na cola.
A tensão para ver Lea T. no desfile de Herhcovitch foi tamanha que muita gente deixou de reparar na coleção, aguardando ansiosamente a aparição da transexual, o que só aconteceu no fim: ela entrou por último, completamente vestida. Estavam na plateia, entre outros curiosos, o senador Eduardo Suplicy e seu filho Supla. Sobre a coleção, o que dizer? Tinha a ver com amálgamas, erupções de vulcão, rendas e casacões lúgubres. Paris Hilton, no desfile da Triton, na sexta-feira, causou menos suspense no público, que se limitou a dar uns gritinhos quando a loura apareceu, mais gordinha e tão saltitante quanto na última vez em que esteve em São Paulo.A grife Ellus, no sábado, chamou a atenção não com famosos, mas com uma forma diferente de desfile: em vez de modelos na passarela, apresentou um filme em 3D, transmitido ao vivo pela web. Uns gostaram, outros sentiram falta de pessoas físicas.(Extra)