4 de fevereiro de 2010

Grifes internacionais investem na preservação,mas esquecem os animais.

Carpe Diem by Jacqueline - O envolvimento da moda na defesa pelo meio ambiente tem sido rotina nas notícias e para o grande público.
A opção por tecidos ecoeficientes e a contribuição com as florestas são as principais iniciativas que vemos por parte de organizações, estilistas e grandes marcas da moda.
Mas é certo afirmar que as contradições também permeiam o cenário fashion e o difícil acaba sendo achar uma grande marca verdadeiramente “limpa”, que não tenha verdadeiros abismos entre a teoria e a sua prática.
Recentemente, a grife de origem italiana Gucci adotou uma posição menos agressiva ao lidar com a questão das florestas.
Uniu-se a Rainforest Action Network para ajudar na preservação e tornar o uso de papel na produção mais responsável.
Em parceria com a organização, a Gucci, que agrega outros “pesados” nomes da moda como Alexander McQueen e Yves Saint Laurent, cortou o abastecimento de papel oriundo de florestas e plantações da Indonésia, assim como o material proveniente do fornecedor Ásia Pulp and Paper, fabricante de papel sediada em Cingapura.
Segundo Mimma Viglezio, vice-presidente da comunicação global do grupo, a intenção da ação é minimizar a pegada ecológica, ou seja, reduzir a emissão de carbono e contribuir com a divulgação de uma consciência ambiental na indústria da moda.
- Apoiar as florestas tropicais não é um luxo, mas uma necessidade se o mundo pretende acabar com as mudanças climáticas. Esperamos que as nossas ações alertem a indústria da moda e que esta tenha consciência que o nosso meio pode fazer a diferença para o planeta e para as florestas

 

 
Mas o que falar sobre quase todas as coleções da Gucci ter casacos de pele de animais? Em postura semelhante, porém com o toque “grandioso” que lhe é habitual, a Louis Vuitton preferiu ir além do uso consciente de um dos recursos provenientes das florestas e decidiu “criar” uma floresta. A Louis Vuitton Forest (ou Floresta Louis Vuitton) fica em Nagano, na cidade de Komoro no Japão, e conta com a parceria da organização More Trees, uma iniciativa global de reflorestamento.
Na área de 104 hectares adotada pela grife, mudas de plantas nativas serão plantadas e cuidadas pela More Trees, enquanto a parte do investimento financeiro fica por conta da Louis Vuitton.
Além da parte financeira, a marca também se comprometeu em realizar a compensação de carbono e divulgar iniciativas de apoio ao reflorestamento. Mas para a Louis Vuitton, o que seria exatamente divulgar boas iniciativas?
Afinal, em sua última coleção de bolsas (primavera verão 2010), o uso de pele de raposa foi abundante e duramente criticado, porém, aparentemente em nada afetou suas vendas.
Definitivamente as árvores fazem parte da preocupação das grifes, resta saber se o uso de peles, o comércio justo e claro e o consumo consciente também irão compor a rotina das grandes marcas da moda.

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